Militantes do Centro de Promoção e Resgate da Cidadania Grajaú (Ceprocig), entidade filiada à CMP, em parceria com agentes de saúde e funcionários da Unidade Básica de Saúde (UBS) estão saindo às ruas do bairro com cartazes e placas com informações sobre medidas de prevenção ao novo Coronavírus, como isolamento social e higienização correta das mãos.
A ação envolve também a distribuição de máscaras, que estão sendo produzidas de forma artesanal e voluntária pelos próprios moradores, com apoio da CMP.
O bairro do Grajaú, situado na Zona Sul de São Paulo, está entre os locais com maior número de contaminação e morte decorrente do novo Coronavírus, segundo mapeamento divulgado pela Prefeitura de São Paulo nessa semana.
Grajaú é também um dos distritos da cidade com menor adesão ao isolamento social, muito provavelmente por concentrar trabalhadores desempregados ou com emprego informal. Com a demora do pagamento do auxílio emergencial as pessoas estão saindo de casa para procurar algum tipo de renda.
O mapeamento feito pela Prefeitura demonstra que a Covid-19 mata mais pessoas com baixa renda e moradoras das periferias e favelas, locais com pouca ou nenhuma infraestrutura básica, habitações precárias, ausência de rede hospitalar e falta de água.
O estudo mostra ainda que o número de mortes nos bairros periféricos é dez vezes maior que nos bairros nobres. “A pandemia do novo Coronavírus é uma questão social. E também racial, já que 62% da população negra tem mais chances de morrer do que os brancos”, analisa Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP.