Fala quebrada: A violência de Estado não teve pausa

A VIOLÊNCIA DE ESTADO NÃO TEVE PAUSA
Alerta da Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio – abril/2020.

O pedido de quarentena não chegou para violência contra a população negra e das periferias do Brasil e do mundo. Enquanto São Paulo ganha as manchetes de jornais e noticiários por conta de ser o epicentro nacional da pandemia de Covid-19 no país, ao mesmo tempo que o Governador do Estado de São Paulo ganha protagonismo como oposição “lúcida” do governo de Bolsonaro, uma movimentação de morte pelo uso de armas e da força avança por quem já vive sob ameaças e medo.


A Rede vem acompanhando a evolução da pandemia e organizando a solidariedade e continua atuando.


Se antes da pandemia, a formação de nossas redes locais de apoio ou de denúncias eram o nosso ponto de luz para correr da morte, com a Covid-19 no mundo ainda são esses os espaços que continuam abertos como um canal de solidariedade e vozes a partir do território. Com isso, a Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio faz um alerta sobre a violência em áreas descentralizadas e de maioria negra. O pedido de isolamento social NÃO AUTORIZA o uso arbitrário da força contra a população e a quarentena NÃO TORNA IMPUNES OS CRIMES COMETIDOS POR AGENTES ESTATAIS DURANTE A CALAMIDADE PÚBLICA. Consideramos que esta prática dá um sinal verde para a continuidade do genocídio do povo preto e periférico.


Por conta desse cenário de insegurança, a Rede está disponível para receber fotos, documentos e relatos de violações de direitos humanos no Estado de São Paulo, de forma anônima, no seguinte link: https://forms.gle/f446ajmbiPpcmyVC6
E para violações de direito do trabalho no link:
https://forms.gle/qpEcaq1QgWAn4nys6

É extremamente importante termos um mapeamento da violência nas periferias de São Paulo, isso nos dará informações sobre onde agir e acionar os órgãos competentes para que cumpram com sua função.
A Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio é um grupo que se pauta no trabalho em rede composto por organizações, como coletivos, ONGs e Pastorais, e pessoas, com atuação voluntária, que são ativistas e profissionais de várias áreas tanto do setor público, quanto do privado do Estado de São Paulo. Desde 2017, buscamos formas organizadas e sistemáticas de proteção e resistência às violações de direitos praticadas pelo Estado brasileiro, que representam uma violência institucional: a criminalização, o encarceramento massivo e a morte violenta da população pobre do país que atinge especialmente quem é jovem negro periférico.

Para mais informações, acompanhar
https://www.facebook.com/RedeContraoGenocidio/
https://www.instagram.com/rededeprotecao_e_resistencia

São Paulo, abril de 2020.

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