COVID-19: ação dos movimentos, omissão dos governos

Confira o editorial da nova edição do Jornal da União, que pode ser acessado na íntegra aqui: http://www.unmp.org.br/2020/06/04/jornal-da-uniao-ed-7-2020/

Estamos já no terceiro mês de crise do Coronavírus e, infelizmente, a situação no Brasil só piora. A crise social, econômica, política e sanitária se aprofunda a cada dia, e aqueles que deveriam agir para solucioná-la fazem o contrário: a tornam ainda mais profunda. Os governos não atuam de forma coordenada para diminuir a curva de propagação da COVID-19 e para garantir condições dignas de vida à população brasileira. A reunião ministerial de 22 de abril foi mais um exemplo disso: revelou um governo federal apenas preocupado com sua própria sobrevivência, com uma agenda de desmonte dos direitos, em um trágico compromisso com a morte, em prejuízo de toda população brasileira. 

O presidente Bolsonaro e seus ministros, em meio ao grande aumento do número de mortes no país, ao invés de debaterem ações concretas para diminuir os efeitos da crise, preferiram atacar adversários e planejar mais retirada de direitos. Mais graves do que qualquer palavrão foram os discursos contra os trabalhadores/as, contra a proteção ambiental e o serviço público de uma maneira geral. 

Isso mostra para toda a sociedade a importância de se organizar para lutar no contexto pós-pandemia. A tendência é de mais violação de direitos, e somente com grandes mobilizações nas ruas vamos reverter esse processo. 

Felizmente, a sociedade civil brasileira não está parada. Assim como a União dos Movimentos de Moradia, milhares de organizações, associações de classe, sindicatos, partidos de esquerda e universidades estão unidos para defender uma política que promova o bem-estar e não a morte. Os movimentos populares seguem engajados na campanha contra a COVID-19, com a permanente denúncia das violações de direitos, ações de solidariedade e luta. 

Estamos em ação! Somente nós da União dos Movimentos de Moradia já distribuímos mais de 50 mil cestas básicas na cidade de São Paulo, denunciamos a falta de água e saneamento nas favelas e ocupações, defendemos comunidades de reintegrações de posse e mostramos cotidianamente que uma outra política é possível pós-pandemia. O caminho do bem-estar é a efetivação de direitos, só conquistada com a luta. Por isso, te convidamos a estar ainda mais junto de nós: pela solidariedade, pela ação coletiva, vamos tornar este país democrático e popular. 

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