
Por: Site Brasil 247
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou um estudo apontando que o fim das parcelas do auxílio emergencial em dezembro deve deixar 38 milhões de brasileiros sem assistência. O número corresponde às pessoas que recebem o auxílio, mas não são cadastradas no programa Bolsa Família. De acordo com as estatísticas, os 38 milhões representam 61% dos beneficiados pela ajuda governamental.
Os dados mostraram que mais da metade são trabalhadores informais (64%) e 74% deles têm renda até R$ 1.254. Na maioria dos casos são pessoas de baixa escolaridade, com no máximo o ensino fundamental (55%). As estatísticas foram publicadas em reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
Depois de ver a queda na sua popularidade estancar com o auxílio emergencial, o governo Bolsonaro tenta se aproximar dos mais pobres e se articula para implementar o programa Renda Brasil, ou Renda Cidadã, para substituir o Bolsa Família.
Mas a agenda atual manteve a PEC do Teto dos Gastos, aprovada no governo Michel Temer e que congelou investimentos públicos por 20 anos. Uma das discussões na equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) é revogar ou não a proposta, com o objetivo de ter dinheiro para financiar o programa. Ou cortar verba de outros setores, como a educação.
O fim do auxílio deixará novamente em evidência um mercado consumidor fraco e, por consequência, a falta de demanda para atrair investidores. Enquanto Bolsonaro aposta na iniciativa privada para retomar o crescimento, o que não aconteceu, milhares de pessoas continuam sem direitos trabalhistas e sociais. Insegurança financeira e jurídica para o consumo dão a tônica de um País que virou apenas um “quintal” para estrangeiros ampliarem o imperialismo do século 21.