Em Uberlândia, CMP lança nova cozinha comunitária

Nesta segunda-feira (24/05), dando continuidade às ações de solidariedade durante a pandemia da Covid-19, a Central de Movimentos (CMP) lançou uma nova Cozinha Comunitária na cidade de Uberlândia, na Igreja Nossa Senhora da Abadia, bairro da Morada Nova.

A CMP nacional apoiou com a compra do fogão industrial, panelas, pias, torneira e vasilha, itens necessário para o funcionamento do projeto. A iniciativa é da CMP em parceria com a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Ação Franciscana de Ecologia e Solidariedade (AFES), e com apoio da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Uberlândia (ADUFU) e do Sindicato dos Trabalhadores Técnico Administrativos da Universidade Federal de Uberlândia (Sintet). Estão sendo atendidas famílias moradoras de favelas e bairros da periferia de Uberlândia, que estão desempregadas, sem renda e sem acesso ao auxílio emergencial. No primeiro dia de funcionamento, foram distribuídas 230 refeições. O ato de lançamento contou com a participação de Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP.

“Estamos desde março do ano passado trabalhando com cozinhas comunitárias. Preocupados com a situação do povo, da miséria, da fome, nesse contexto de pandemia, resolvemos fazer diversas ações, e uma delas, que tomou uma dimensão muito grande, foi essa da cozinha comunitária de Uberlândia”, conta Abraão Nunes, da CMP de Uberlândia (veja aqui reportagem sobre a ação desde 2020). Ele explica que esta nova cozinha atende três ocupações da região da Nova Morada. “O próprio bairro tem muita gente carente, com a pandemia, sendo um bairro distante, de pouco trabalho e emprego, a situação ficou difícil. Então seguimos a orientação da CMP nacional e nos integramos à campanha de solidariedade, à campanha contra a fome e contra o Bolsonaro também. Porque a maior parte dos problemas que estamos vivendo hoje, da miséria, da fome, das pessoas que estão morrendo por falta de atendimento, por falta de vacina, é desse governo genocida”, complementa.

Abraão Nunes ressalta que o contexto político de Uberlândia torna a situação ainda mais difícil, pois “prefeito, governador e presidente são da mesma linha política”. Isso fez com que a cidade tivesse números de casos e óbitos por COVID-19 muito acima da média nacional.

Assim, a cozinha comunitária é mais um passo no enfrentamento para mudar tal realidade. “Inicialmente, a ideia era servir 150 marmitas, mas servimos 230 na segunda e estamos na faixa de 250. Uma inovação que trouxemos é usar vasilhas de plástico para as pessoas levarem comida. Cada pessoa que se cadastra, pega a comida numa vasilha, traz de volta e pega outra com comida. Estão trazendo de volta limpinha, esterilizamos e entregamos novamente. É questão ambiental e de economia, pois os marmitex são muito poluentes e caros”, explica.

Alimentos como verduras e legumes são comprados de três assentamentos da Reforma Agrária da região. “Temos uma relação forte com os assentamentos daqui, e tem pessoas de lá que são ligadas à CMP e estão vindo ajudar na cozinha. Compramos os alimentos e recebemos também muita doação do pessoal, além do que compramos, trazem a mais para nós. É uma tarefa difícil, não é fácil administrar uma cozinha. Precisa de muito apoio, vamos construindo aos poucos, mas estamos recebendo bastante doação e todas as pessoas que trabalham são voluntárias, das comunidades daqui, todas trabalhando pelo bem comum”, completa Abraão Nunes.

Para contribuir com a cozinha, doações podem ser realizadas por transferência bancária para a CMP de Uberlândia. Os dados são:

CMP TRIÂNGULO
CEF
Conta: 939-0
Operação: 003
Agência: 2494
PIX……..CNPJ
02224726000133

Confira abaixo algumas fotos da cozinha comunitária.

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