Papa Francisco defende salário universal e redução da jornada de trabalho como solução para reduzir a desigualdade social

Lideranças de diversos movimentos populares participaram, na manhã deste sábado (16), do IV Encontro Mundial dos Movimentos Populares com o Papa Francisco. Para mais de 150 lideranças do mundo inteiro, o Papa Francisco ressaltou a importância do papel dos movimentos populares no combate à exclusão, à desigualdade e à indiferença. Ele defendeu a adoção de salário universal e a redução da jornada de trabalho como medidas para reduzir a pobreza e a desigualdade social. Ao se referir aos participantes Francisco afirmou: “vocês são poetas sociais porque têm a capacidade e a coragem de criar esperança onde há descarte e exclusão”. Eduardo Cardoso, Paulinho Oliveira e Raimundo Bonfim, dirigentes da Central de Movimentos Populares (CMP), participaram do encontro.

O coordenador nacional da CMP, Raimundo Bonfim, disse que o Papa abordou temas que são muito comuns no dia a dia dos movimentos populares, como a luta contra a fome, o desemprego, a desigualdade social, a destruição do meio ambiente, e também sobre a importância de estarem juntos nessas lutas. “O Papa é o principal líder mundial na luta pela inclusão e pela igualdade social. E assim como ele, nós, militantes dos movimentos populares, também levantamos a bandeira de luta por nenhum camponês sem terra, nenhuma família sem teto e nenhum trabalhador sem trabalho”, pontua Bonfim.

Ao comentar o momento difícil que o mundo atravessa devido à Covid-19, o Papa Francisco criticou aqueles que se dedicaram a acumular riqueza durante a pandemia, condenou o lucro, a ganância e a globalização capitalista, “sistema tóxico, destruidor e predatório”, destacou o pontífice.

Em clara referência a governos que defendem o armamento das populações e a disseminação do ódio em detrimento da vida e da união das pessoas, como o presidente Jair Bolsonaro, o Papa pediu que cessem a fabricação de armas, o discurso de ódio, a lógica pós-verdade e o bloqueio econômico contra os países pobres. Ele defendeu a participação popular ao dizer que “os governos não podem escutar apenas os poderosos”.

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