Brasileiras de todo o país saem às ruas na próxima terça-feira (8/3) para pedir o fim da violência contra as mulheres, do machismo, racismo, fome e, principalmente, por Bolsonaro nunca mais! A Central de Movimentos Populares (CMP), por meio de seu Coletivo de Mulheres, estará presente em pelo menos 15 estados somando-se a outros movimentos sociais a fim de denunciar a destruição de políticas de enfrentamento à pobreza que tem deixado milhões de pessoas sem acesso à comida, em especial as mulheres.
Numa extensa pauta de reivindicações, as brasileiras defenderão que a derrubada de Bolsonaro do poder é uma luta necessariamente feminista, anti-imperialista, anticapitalista, democrática, antirracista e antiLGBTQIA+fóbica. É ainda uma luta contra o desemprego, pela saúde, pelos seus direitos sexuais e reprodutivos, além da defesa do SUS e dos serviços públicos gratuitos e de qualidade.
Melayne Macedo, do Coletivo de Mulheres da CMP de Pernambuco, ressalta que o governo Bolsonaro tem aprofundado a crise econômica no Brasil e tornado a vida das mulheres ainda mais difícil. O número de brasileiras desempregadas, por exemplo, já chega a quase 9 milhões. Ela ressalta que um estudo feito pelo Dieese aponta que quase 51 milhões de pessoas estão vivendo abaixo da linha da pobreza nos últimos dois anos e mais de 10 milhões estão passando fome.
“A fome é um ponto central para o coletivo de mulheres da CMP. No ano passado, em uma articulação com a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e diversos movimentos sociais, conseguimos atender a mais de 500 famílias com distribuição de gás a preço justo e articulamos a doação direta de mais de 10 toneladas de alimentos. Ações concretas para superação da fome são necessárias e fazem parte da nossa luta”, destaca Melayne.
Outra questão que será denunciada com bastante vigor pela CMP nas ruas na próxima terça-feira refere-se à violência contra as mulheres, que só faz crescer a cada dia. Nos primeiros seis meses de 2021, quatro mulheres foram mortas por dia no país por um atual ou ex-parceiro, totalizando 666 vítimas de feminicídio de janeiro a junho de 2021, de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
“Infelizmente a pandemia agravou o cenário de violência contra a mulher e exige uma maior mobilização social. O discurso de ódio de Jair Bolsonaro também tem se espalhado e faz de nós, mulheres, sermos alvo preferencial dos machistas. Precisamos lutar contra isso. Não somos números, precisamos resistir para existir. A resistência e mobilização das mulheres é uma potência de transformação latente”, pondera a representante do Coletivo de Mulheres da CMP.
Pelo direito a vida de todas as mulheres, Melayne Macedo convoca as brasileiras a participar das manifestações com todos os cuidados como o uso de máscaras, álcool gel e distanciamento social.
Confira aqui (https://admin.cut.org.br/system/uploads/ck/Manifesto%208m%20nacional_DIAGRAMADO.pdf) o manifesto completo “Pela Vida das Mulheres, Bolsonaro Nunca Mais! Por um Brasil sem machismo, racismo e fome.
Veja abaixo onde haverá atos no Dia Internacional da Mulher
PE – Recife – Parque 13 de Maio 15h
PA – Belém – Praça da República 17h
RJ – Rio de Janeiro – Candelária 16h s (concentração) 18h (saída da marcha)
MG – Belo Horizonte – Praça da Liberdade 16:30h
MG – Juíz de Fora – Praça da Estação 17h
BA – Salvador – Campo Grande à Praça da Piedade 15h
CE – Fortaleza – Praça do Ferreira 13h
MA – São Luiz – Praça Deodoro 15h
PR – Guarapuava – Terminal da Fonte 17h
PR – Curitiba – Praça Santos de Andrade 16:30h
RN – Natal – Praça Gentil Moura 14h30
SP – Capital – Avenida Paulista 16h
ES – 04/03 Centro Em frente ao Banco do Brasil São Mateus 18h