Movimentos populares protestam contra o aumento na conta de luz em SP

A Central de Movimentos Populares (CMP) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizaram um protesto nesta terça-feira (15) em frente à sede da Enel, na zona sul de São Paulo, contra o aumento abusivo na conta de luz. Com cartazes e caixa de som, o grupo de manifestantes denunciou a falta de sensibilidade da empresa, que promove aumentos significativos da energia, em um cenário de desemprego e inflação elevados.

Segundo Nani Cruz, da Central de Movimentos Populares, as famílias de baixa renda estão sofrendo muito com o aumento excessivo nas tarifas. “Muitas pessoas estão deixando de comer para pagar a conta de luz. Nós tivemos acesso a um caso que o valor cobrado pela conta do mês é de R$ 1.622. Isso é um absurdo. Uma família que tem renda de R$ 2 mil, como vai conseguir pagar um boleto desse?”, indagou.

Durante o protesto, os manifestantes também relataram dificuldades em negociar contas com a empresa. De acordo com os clientes, o atendimento só é feito com agendamento realizado por meio do site da Enel. “O atendimento presencial leva um mês pra acontecer depois de ser solicitado no site. Quando a gente chega aqui o sistema sempre está fora do ar. Além disso, somos atendidos por funcionários terceirizados, que não resolvem os nossos problemas. Não podemos aceitar essa situação”, disse Nani.

Antes de encerrar o ato, a representante da CMP lembrou que a precarização no setor de energia elétrica no país faz parte das privatizações que estão em curso pelo governo Bolsonaro. “O aumento da conta de luz é fruto do entreguismo dos nossos bens para o setor privado. É isso que o governo quer fazer com a educação e a saúde. Precisamos descontruir a ideia de que o serviço público não presta. Vamos lutar pela nossa soberania, pelo o que é nosso”, defendeu Nani.

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