A Central de Movimentos Populares e mais de 400 entidades de movimentos populares, redes, fóruns, coletivos e grupos territoriais realizam de 3 a 5 de junho, em São Paulo, a Conferência Popular pelo Direito à Cidade com o objetivo de construir, democraticamente, uma plataforma de lutas urbanas voltadas para o combate à desigualdade social, a fim de construir cidades inclusivas.
Nos últimos anos, a desigualdade social se aprofundou nas cidades e tem castigado a maior parte da população brasileira que vê seus direitos fundamentais – em educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer e segurança – violados. Por essa razão, discutir o direito à cidade para que todos possam usufruir de uma vida melhor é um tema necessário e urgente, segundo Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares.
“Estamos a quatro meses das eleições e chegou a hora de colocar um ponto final nos retrocessos praticados pelo governo Bolsonaro nas políticas sociais tais como a destruição de ações de combate à fome, políticas habitacionais, de meio ambiente, saúde, educação, além de ataques aos direitos trabalhistas. Essa política de desmonte afeta diretamente a vida na cidade, causando muita desigualdade social”, destaca Bonfim.
Marcha pelo Direito à Cidade
Antes da abertura oficial do evento, marcado para às 19h desta sexta-feira (3), no auditório da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, movimentos populares e sociais farão uma Marcha pelo Direito à Cidade, às 14h, deste mesmo dia, no Largo do Paissandu. Segundo a organização do evento, a principal reivindicação da mobilização é a retomada de direitos e o resgate das cidades como lugares de vida em comum, onde todas e todos podem ser socialmente iguais, humanamente diferentes e livres da opressão, exploração e discriminação.
“Vamos às ruas novamente em defesa de uma sociedade justa, igualitária, democrática e soberana. Neste sentido, defendemos o Estatuto das Cidades – conquistado após muita luta dos movimentos populares – que reforçou a importância dos planos diretores como principais instrumentos de efetivação do direito à cidade, visando combater processos promotores das desigualdades urbanas”, defende o coordenador nacional da CMP.
A realização da Conferência Popular pelo Direto à Cidade é inédita do ponto de vista da sua metodologia e da participação diversificada de organizações envolvidas. Para a realização do evento, ocorreram 232 atividades preparatórias, envolvendo milhares de pessoas que debateram todos os aspectos das cidades. No dia 5 de junho, o Sindicato dos Metalúrgicos, em São Paulo, será palco do encerramento do encontro, com apresentação do resultado dos trabalhos das oficinas, e aprovação de uma plataforma de lutas urbanas que visa colocar a pauta das cidades no debater político e na disputa eleitoral.
Serviços
Programação da Conferência Popular do Direito à Cidade
Sexta 3/06
10h às 19h – Credenciamento – Faculdade de Direito da USP
– Largo São Francisco, 95 – Centro
14h – Marcha pelo Direito à Cidade
– Largo do Paissandu
18h – Abertura – Faculdade de Direito da USP
– Largo São Francisco, 95 – Centro
Sábado 4/06
9h às 12h30 – Oficinas Temáticas
– Diversos locais no centro de São Paulo (verificar mapeamento)
12h30 às 14h – Intervalo para Almoço (Horário Livre)
14h às 17h – Continuidade das oficinas temáticas
– Diversos locais no centro de São Paulo (verificar mapeamento)
Domingo 5/06
9h às 14h – Plenária de apresentação das propostas das oficinas e de aprovação do documento final da Conferência
– Sindicato dos metalúrgicos de São Paulo – R. Galvão Bueno, 782 – Liberdade