A Central de Movimentos Populares realizou na noite desta quarta-feira (02) um grande ato na sede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), que marcou o início do Seminário Nacional da CMP – Organização, Formação e Comunicação. O evento, que começou ontem na capital paulista e vai até o dia 3 de junho, contou com a participação de cerca de 200 lideranças e militantes da CMP de todo o Brasil.
Além dos integrantes da Central de Movimentos Populares, participaram do encontro um conjunto de parceiros da CMP entre os quais estavam representantes de partidos políticos como PT, PSB e PCdoB. Unidade Popular Pelo Socialismo, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Marcha Mundial de Mulheres (MMM) também prestigiaram o evento memorável.
Para Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares, o ato foi muito especial porque reuniu militantes da CMP depois de mais de dois anos de pandemia. “Esse encontro ficará marcado na memória das pessoas que estiveram presentes. Depois de muito tempo, tivemos a oportunidade de nos abraçar. Por muito tempo desejamos esse reencontro que faz parte da nossa luta política”.
Ao longo do ato os convidados destacaram o papel extraordinário que a CMP vem cumprindo no ambiente político desde a resistência do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, passando pelos retrocessos do governo Michel Temer e, agora, a luta travada contra o avanço do fascismo e o governo genocida de Jair Bolsonaro. O papel que a CMP desempenhou durante a pandemia da covid-19 – promovendo inúmeras ações de solidariedade – e a luta das mulheres pela igualdade de direitos, por um Brasil livre do racismo e machismo, também foram lembrados por muitos – com orgulho.
“Nossos parceiros mencionaram o papel que a CMP teve na campanha pelo Lula Livre. E também lembraram da nossa atuação de destaque nas mobilizações de ruas do ano passado pelo Fora Bolsonaro, pelo combate à fome, miséria e desemprego. Agora temos o desafio de fortalecer os movimentos populares para derrotarmos o bolsonarismo, retomar a democracia, restabelecer a soberania, os direitos da classe trabalhadora e, assim, combater as desigualdades sociais. Estamos fortalecidos para vencermos as eleições, depois vamos assegurar a posse do Lula, sustentar o seu governo e pressionar para que ele seja o mais progressista possível”, disse Raimundo Bonfim.
Liciane Andrioli, da direção nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens, parabenizou o protagonismo da CMP na defesa por direitos e enalteceu a parceria entre os movimentos populares. “Juntos nós estamos estabelecendo um processo organizativo de luta. Trata-se de um trabalho em conjunto com a classe trabalhadora, por aqueles que reivindicam moradia, comida no prato, preço justo na conta de luz, no botijão de gás. E toda essa luta temos travado junto com vocês da CMP. Esse ano o nosso grande desafio é eleger Lula presidente. O Brasil precisa da nossa força, nós vamos reconstruir esse país”, disse.
Sergio Nobre, presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembrou com bastante otimismo os últimos resultados das pesquisas eleitorais, que mostram Lula na liderança, com possibilidades reais de vencer no 1º turno. Entretanto, ele fez questão de dizer que a disputa será muito dura e, por isso, não se pode subestimar a capacidade de Bolsonaro fazer maldades.
“Nós estamos a quatro meses da eleição da vida. É ganhar ou ganhar porque essas eleições vão definir o que vai ser do Brasil nos próximos 20 anos. Nós temos que atuar em dois campos de maneira muito forte. O primeiro é tomar as ruas e conversar com a população, levando amor e esperança para o povo brasileiro. E o outro é atuar de forma massiva nas redes sociais. Bolsonaro mente sete vezes por dia com propagações de fake news. Por isso, temos que ocupar o mundo digital também”.
Veja em fotos como foi o ato de abertura do Seminário Nacional Organização, Formação e Comunicação da CMP:







































