CMP participa da 28ª edição do Grito dos Excluídos em defesa da democracia e na luta contra a fome

A Central de Movimentos Populares (CMP), ao lado do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB); do Levante Popular da Juventude de São Paulo (LPJ-SP); da União Nacional por Moradia Popular (UNMP); do Movimentos dos Sem Terra (MST) e demais movimentos populares e pastorais sociais, participou nesta quarta-feira (7) do 28º Grito dos Excluídos em todo o país. Com os lemas “Por Terra, Teto, Pão e Democracia – Pão e viver bem” e “Brasil: 200 anos de (In)dependência. Pra quem?”, os atos levaram milhares de brasileiros às ruas para denunciar que não é possível seremos um país independente enquanto brasileiros e brasileiras ainda passam fome no Brasil, não têm direito a moradia e a outros direitos básicos como saúde, educação, renda e trabalho.

Desde 1995, o Grito dos Excluídos acontece tradicionalmente em 7 de setembro em diversas cidades do país com o objetivo de denunciar a exclusão social e defender mudanças estruturais em favor do povo brasileiro. Em São Paulo, sob chuva e frio, o ato aconteceu nas primeiras horas do dia na Praça da Sé. Durante o encontro, militantes dos movimentos populares fizeram um grande café da manhã aos mais necessitados, com café, suco, pão, frutas e distribuição de capas de chuva. A estimativa foi de que mais de 5 mil refeições foram distribuídas à população.

Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP, esteve presente na mobilização da capital paulista e, na ocasião, explicou que neste ano o Grito dos Excluídos acontece em meio ao aprofundamento das desigualdades sociais no Brasil, que soma mais de 33 milhões de pessoas passando fome, 10 milhões de desempregados e mais de 8 milhões sem ter um teto para se proteger do sol e da chuva.  “Essa situação é inaceitável. Bolsonaro continua fazendo reintegração de posse mesmo com uma ação judicial do Supremo Tribunal Federal (SFT) que impede despejos neste país. Que independência é essa que o Brasil vive? Mas nós estamos esperançosos e dispostos a lutar por um país melhor. Esse pesadelo vai acabar e nós vamos derrotar o Bolsonaro nas urnas. Lá na Avenida Paulista (SP) estão aqueles que defendem armas, ódio e o preconceito. Mas não é isso que queremos para o Brasil. É possível recuperar a nossa capacidade de sonhar e, em 2 de outubro, daremos o primeiro passo para recuperar a nossa soberania elegendo Lula presidente da República”, disse Bonfim.

A preocupação com a fome também foi destaque no discurso feito por Thiago Celestino da Silva, coordenador estadual da CMP no Ceará, durante o Grito realizado em Fortaleza. Em cima do carro de som, Thiago saudou o público dizendo que o encontro desta quarta-feira foi mais uma a oportunidade de as pessoas mais vulneráveis darem o Grito que a história não permitiu. “Não existe Independência do Brasil mais de 60 milhões de pessoas em insegurança alimentar. As nossas crianças estão passando fome. Precisamos mudar a história desse país. Vamos derrubar no dia 2 de outubro Jair Messias Bolsonaro. Queremos reconstruir o Brasil e tirar nossas famílias mais uma vez do Mapa da Fome”, disse.

O racismo estrutural no Brasil foi tratado com bastante rigor no Grito realizado no Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, local de referência para a luta do povo negro. Foi neste local, que entre os séculos 16 e 19, milhões de africanos escravizados desembarcavam. Durante o ato, Marluce Lopes, coordenadora estadual da CMP-RJ, falou sobre a importância de se combater a desigualdade social no Brasil. “Que independência é essa que exclui os negros e negras, quilombolas, o povo da periferia, os jovens negros que, em sua maioria, são vítimas da segurança pública do Estado? Não aguentamos mais o desgoverno genocida de Jair Bolsonaro. Com toda a sua incompetência, o presidente da República desmontou todas as políticas públicas e sociais piorando e muito a vida das pessoas menos favorecidas”.

Na segunda-feira (5), foi o comemorado o dia da Amazônia, a maior floresta tropical do mundo. A preservação do bioma também foi abordada durante o Grito realizado em Belém do Pará. Rômulo, da direção estadual da CMP-PA, lembrou que no último mês de agosto mais de 3,5 mil focos de queimada foram registrados na floresta, o que representa o maior valor para o mês desde 2002.

“O ato de hoje é a nossa resposta aos ataques constantes a Amazônia. A grilagem segue sem qualquer tipo de fiscalização. Isso é um absurdo. Nossas mulheres, jovens, crianças estão sem esperança. O governo Bolsonaro destruiu todos os segmentos no Brasil. Não precisa ser petista para votar no Lula em 2 de outubro. O voto nele é a esperança de um futuro melhor para o nosso país. Os movimentos populares estão mobilizados, daremos a nossa resposta nas urnas eletrônicas”, disse Rômulo.

Ao final dos atos pelo país, Fernanda Paranaguá, coordenadora estadual da CMP da Bahia, fez questão de ressaltar que os movimentos populares estão com Lula por entender que o seu governo será capaz de reconstruir o país com a retomada das políticas públicas capazes de melhorar as condições de vida da população brasileira. “Coma força do povo baiano estamos nas ruas lutando por um Brasil melhor. Rumo à vitória. ”, ressaltou.  

Veja abaixo imagens da 28º Edição do Grito dos Excluídos:

São Paulo

Ceará

Pará

Rio de Janeiro

Espírito Santo

Bahia

Rondônia

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