A Central de Movimentos Populares (CMP) agradece pela extrema dedicação e esforço à militância dos movimentos populares que, desde o período pré-eleitoral, está mobilizada na árdua tarefa de derrotar o neofascismo no Brasil. Por isso, devemos comemorar o extraordinário resultado que obtivemos neste domingo, 57 milhões de votos, melhor desempenho da história de um candidato em primeiro turno, e 6 milhões a mais do que Bolsonaro.
Sem o nosso engajamento, em especial na construção das Brigadas de Agitação e Propaganda com o MAB, o MPA e a UNMP, dentre outros movimentos em cada estado, isso não seria possível.
Porém, o resultado do primeiro turno mostra a força política do bolsonarismo e a gigantesca tarefa posta para eleger Lula em 30 de outubro, garantir a posse e um governo comprometido com a efetiva resolução dos problemas que as classes populares enfrentam no país.
O caminho para isso não é desconhecido, apesar de difícil. Já no primeiro turno, a Central de Movimentos Populares defendeu a mobilização militante como fator indispensável para derrotar o neofascismo e eleger Lula. E atuamos nesse sentido ao apostar na construção das Brigadas de Agitação e Propaganda. Esta modalidade de organização nos possibilitou engajar milhares de pessoas em todo o país, especialmente com ações como o Sextou com Lula, panfletagens e bandeiraços nas regiões centrais e periferias das cidades. Ao todo, conseguimos alcançar 150 regiões do país e mais de 20 mil militantes.
O fato de não termos concluído as eleições no primeiro turno não pode ser motivo para desânimo e lamentação. Pelo contrário, estamos muito perto da vitória. E para construímos as condições para concretizá-la nesse segundo turno, dois movimentos são fundamentais: i) defender abertamente um programa democrático-popular que aponte para a resolução dos problemas do povo, sem ceder às chantagens do mercado que buscará inviabilizar o compromisso com as classes trabalhadoras; ii) imprimir como prioridade absoluta um caráter de massividade à campanha, com grandes comícios com a presença do Lula, mas também ações diárias que envolvam milhares de pessoas nas ruas, todos os dias, mesmo sem a presença do Lula.
É preciso acreditar na força da militância e do povo organizado, e convocar todas e todos que querem derrotar o fascismo e lutar por um governo democrático-popular a contribuir com a luta pelo voto, nas ruas e nas redes. É preciso derrotar Bolsonaro, mas também aumentar o nível de organização e mobilização para sustentar o governo democrático-popular e ter força política e social para barrar qualquer tentativa de Golpe que possa surgir da oposição bolsonarista ao nosso governo. As condições estão dadas e, como nos lembra Mariguella, é preciso não ter medo, é preciso ter a coragem de dizer.
Vamos à luta!
03 de outubro de 2022
Central de Movimentos Populares (CMP)