Milhares de pessoas ocuparam as ruas de todo o Brasil nesta segunda-feira (9) para defender a democracia brasileira, o governo Lula e exigir a punição com o máximo rigor da lei dos extremistas que depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, no último domingo. A Central de Movimentos Populares (CMP) foi uma das principais organizações a liderar as mobilizações democráticas que ocorreram ontem no país. Entre diversas reivindicações, a militância da CMP pediu nos atos a responsabilização e prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o verdadeiro culpado pelo terror realizado na capital federal.
Em Brasília, os manifestantes se dirigiram ao Palácio do Buruti, sede do poder executivo do governo do Distrito Federal, para pedir o impeachment do governador Ibanes Rocha. O emedebista foi afastado de seu cargo pelo ministro Alexandre de Morares, do Supremo Tribunal Federal (STF), na madrugada seguinte das ações terroristas, em Brasília. Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP, participou dos atos no DF. “Milhares de pessoas se reuniram para pedir o impeachment do governo golpista de Ibanes. Ele foi criminoso e permitiu uma tentativa de golpe no nosso país. Não aceitaremos o caos instalado no domingo no Brasil e, por essa razão, faremos uma grande pressão popular para a criação de uma CPI a fim de investigar todos os envolvidos neste ataque contra a nossa democracia. As investigações devem levar a prisão de Bolsonaro, que fugiu do país dois dias antes do final de seu mandato”, disse.
Na Avenida Paulista, em São Paulo, seis quarteirões foram totalmente tomados pelas cerca 60 mil pessoas que se reuniram para dizer que não vão aceitar o caos que o Brasil viveu nos últimos quatro anos. A manifestações contou com uma caminhada em direção ao centro da cidade, que foi acompanhada de projeções nos prédios com dizeres como “sem anistia” e “recua fascistas”.
Em Teresina, no Piauí, centenas de pessoas ocuparam o canteiro central da Avenida Frei Serafim em defesa do estado democrático de direito. Neide Carvalho, da direção nacional da CMP, afirmou no ato que repudia, em todos os sentidos, os atos de terrorismo praticados por apoiadores de Bolsonaro, em Brasília. “Aquilo foi crime contra o Brasil, contra o nosso patrimônio. Foi tudo destruído, cena lamentável que mexeu demais com a gente. Estaremos de forma permanente, vigilantes, nas ruas defendendo a nossa democracia”, disse.
Com pedidos de prisão para o ex-presidente Jair Bolsonaro e gritos de “sem anistia”, “não vai ter golpe”, manifestantes também lotaram a praça da Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, para um grande ato contra os ataques terroristas. A militância da CMP também se fez presente e, mesmo debaixo de chuva, deu a sua demonstração de força e exigiu das autoridades a identificação e prisão dos envolvidos nas ações terroristas.
Veja abaixo imagens da militância da CMP durante os atos a favor da democracia
Brasília




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