CMP abre inscrições para curso sobre hortas orgânicas em São Paulo

A Central de Movimentos Populares (CMP) abre, a partir de 18 de março, inscrições para mais uma edição do projeto Escola Soberania Alimentar – formação de lideranças comunitárias em agroecologia. O objetivo do curso é formar pessoas que tenham o interesse de discutir a importância da alimentação saudável e acessível, além de terem o desejo de montar projetos autogeridos de compostagem e hortas orgânicas em seus territórios, que alavanquem a organização das comunidades.

Com atividades teóricas e práticas, o curso gratuito, que compreende turma de 20 pessoas vai de 24 de abril a 10 de julho, é dividido em quatro módulos. São eles: Compostagem; Recipientes e Canteiros; Preparo da Terra e Escolha dos Alimentos e Plantio de Mudas e das Sementes. Os módulos, acontecerão a cada 3 semanas, sendo as atividades teóricas desenvolvidas na escola e atividades práticas desenvolvidas no território, organizadas em uma grade de oficinas que será apresentada no início de cada curso.

Segundo Miriam Hermógenes, da direção municipal da CMP de São Paulo, o projeto Escola Soberania Alimentar nasce também com a preocupação de enfrentar a carestia, a fome e a miséria, uma vez que o Brasil tem hoje mais de 33 milhões de brasileiros que não têm garantido o que comer em suas casas, segundo um levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN).

“Essa será a segunda turma que a CMP formará no projeto Escola Soberania Alimentar. Além dos nossos alunos aprenderem todo o processo para a concepção de hortas, eles também serão orientados em como distribuir os seus produtos, ativando relações de solidariedade com os mais necessitados de apoio. O projeto Escola Soberania Alimentar conta com o apoio do Tarcísio de Paula Pinto, consultor em gestão de resíduos, e com a assistente social Marcia Terlizzi, especialista em organização comunitária. A nossa intenção é produzir produtos de qualidade para a nossa existência”, disse Miriam.

Para participar da Escola Soberania Alimentar é necessário que o interessado integre movimentos filiados à Central de Movimentos Populares. As aulas serão ministradas na sede da CMP, localizada na Rua da Fiação, 335, Saúde – SP. 

CMP prorroga inscrições de jovens para oficina de podcast em São Paulo

A Central de Movimentos Populares (CMP) prorrogou até a próxima quarta-feira (15) o edital para selecionar jovens de São Paulo a fim de participar de oficina de podcats. Com duras horas semanais de curso, a oficina terá duração de março a outubro deste ano e contará com auxílio no valor de R$ 400 mensais.

Se você se interessou pelo projeto e mora na capital paulista, envie o seu currículo para cmpnacbr@gmail.com. Haverá etapa subsequente de entrevista. Boa sorte!

Confira o edital abaixo:

CMP do Pará repudia violência da PM contraas mulheres em ato do 8 de Março

A Central de Movimentos Populares do Pará (CMP-PA) repudia veementemente a forma
violenta como a Polícia Militar recebeu mulheres trabalhadoras neste 8 de Março,
na Assembleia Legislativa do Estado (Alepa). Na data em que se comemora o Dia
Internacional das Mulheres, a Tropa de Choque da PM recebeu nosso movimento de
forma truculenta e disparou spray de pimenta contra as participantes que realizaram,
na capital do estado, um ato pacífico contra a violência, a fome, o fascismo, em defesa da
democracia e dos territórios amazônicos.

No início da tarde desta quarta-feira, mulheres trabalhadoras sem-terra,
agroextrativistas, ribeirinhas, servidoras públicas, ativistas, profissionais liberais,
militantes da CMP e de outras entidades partiram do Largo do Redondo com destino a
Alepa a fim de entregar uma pauta com reivindicação das mulheres para as deputadas
Maria do Carmo Martins Lima e Lívia Duarte, e também para o presidente da Casa
Legislativa, o deputado Chicão. Entretanto, seguranças e agentes da Polícia Militar e do
Batalhão de Choque agiram para impedir o acesso das trabalhadoras e da militância do
movimento popular nas dependências do órgão.

Em meio à confusão, uma companheira – que estava com uma criança no colo –
passou mal após ser atingida pelo spray de pimenta. Ela caiu no chão e precisou ser
encaminhada para o pronto-socorro, onde será submetida a exame de tomografia.
Destacamos que na marcha haviam gestantes, idosas e muitas crianças. A truculência
na qual fomos recebidas só reforça o quanto temos ainda que lutar para que não
violem os nossos direitos, corpos e espaços. É lamentável que em um dia tão simbólico
continuemos sendo vítimas de servidores que deveriam nos proteger.

Nós, mulheres da Central de Movimentos Populares, exigimos dos poderes Executivo
e Legislativo estaduais a apuração dos fatos e a responsabilização imediata dos
envolvidos. Seguiremos firmes e organizadas coletivamente nas ruas do campo e da
cidade, nos espaços públicos, exigindo os nossos direitos constitucionais, respeito,
igualdade e combatendo todo e qualquer tipo de violência de gênero, raça e etnia. À luta
sempre!

Coletivo de Mulheres da Central de Movimentos Populares do Estado do Pará

8M: Coletivo de Mulheres da CMP sai às ruas contra a violência, desigualdades, fome e a favor do aborto

Contra a violência, o feminicídio, a misoginia e o fascismo, o Coletivo de Mulheres da Central de Movimentos Populares (CMP) foi às ruas neste 8 de março em diversas cidades do País. Segundo o coletivo, o dia não foi de comemoração, mas sim de luta e união.

Em São Paulo, o ato ocorreu no fim da tarde de quarta-feira no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, convocado por movimentos populares, sociais, sindicais e estudantis. Entre as principais reinvindicações estavam a defesa da democracia e a luta contra a fome, a pobreza e as desigualdades.

A professora Genilce Gomes, integrante do Coletivo de Mulheres da CMP, explica que desde janeiro os movimentos populares e sindicatos começaram a programar os atos deste 8 de Março. “Escolhemos as pautas e bandeiras de forma unitária. Fomos às ruas contra a violência mulheres, desigualdade de gênero, fome e a favor do aborto. Os números recentes sobre o feminicídio são alarmantes. Não podemos aceitar viver com tamanha violência”, disse.

No começo deste mês de março, um estudo divulgado Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA, estimou que duas mulheres são estupradas por minuto no Brasil. São quase 822 mil casos por ano.  

A situação é ainda mais alarmante porque pouco mais de 33% das mulheres brasileiras com mais de 16 anos já sofreu violência física ou sexual de parceiros ou ex-companheiros ao longo da vida, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O número, que equivale a mais de 21 milhões de vítimas, é maior que a média de casos no mundo, de 27%, conforme estimativa da Organização Mundial da Saúde.

Apesar da vitória da democracia, a desigualdade nos cargos de chefia e falta de representatividade em setores da sociedade, principalmente o político, continuam. As mulheres esperam reverter o quadro, esperançosas com o novo governo Lula, que anunciou hoje em Brasília um pacote de medidas voltadas ao público feminino. A Coletivo de Mulheres da CMP esteve presente no evento (Veja imagens abaixo).

São 25 ações, como o lançamento do programa dignidade menstrual para mulheres em situação de vulnerabilidade, reforço das estruturas das delegacias de atendimento à mulher, criação do Dia Nacional Marielle Franco contra violência política, construção de Casas da Mulher Brasileira em capitais e no interior do país e produtos em condições especiais no Banco do Brasil, como linha de crédito com taxa menor para agricultoras familiares e empreendedoras.

“O dia Internacional das Mulheres para nós são todos os dias porque é a gente que faz tudo acontecer. E nós lutamos para sobreviver, sem um único dia de paz, mas com muita energia e disposição. Viva às mulheres do Brasil”, disse Neide Carvalho, coordenadora da CMP no Piauí.

Veja em imagens como foi o 8M do Coletivo de Mulheres da CMP

São Paulo

Brasília

Pará

Ceará

Rio Grande do Norte

Piauí

Paraná

Rio de Janeiro

Espírito Santo

Oficina de podcasts: CMP lança edital para contratação de jovens das periferias de SP

A Central de Movimentos Populares (CMP) está com edital aberto para selecionar jovens a fim de participar de oficina de podcats. O curso conta com pagamento de auxílio, no valor de R$ 400 mensais.

Com duas horas semanais, a oficina terá duração de março a outubro deste ano. Veja o edital abaixo e participe desse processo.

Militantes da CMP participam de audiência pública em defesa da natureza e dos rios em Guajará Mirim, Rondônia

Militantes da Central de Movimentos Populares (CMP) de Rondônia participam nesta quinta-feira (2/3) de uma audiência pública sobre os Direitos da Natureza e dos Rio, no Auditório da Câmara dos Vereadores da cidade de Guajará Mirim, a partir das 9h. A iniciativa é fruto de uma mobilização do Comitê de Defesa da Vida Amazônica na bacia do Rio Madeira (COMVIDA), da qual a CMP integra, e conta com o apoio dos vereadores Francisco Oro Waram e Wem Cacamin Cão Oro Waje.

Segundo Eliel Cunha, dirigente nacional da CMP, a audiência se faz necessária neste momento porque, para além da preservação dos recursos naturais, está prevista na região a construção de duas usinas hidrelétricas. Uma delas se refere a usina de Cachoeira de Ribeirão, no distrito de Yata, que seria obrigatoriamente binacional pela proximidade com a Bolívia. E a outra é a usina Cachuela Esperanza, em território boliviano.

Com o objetivo de sensibilizar autoridades públicas e comunidades que serão afetadas diretamente pela construção das usinas hidrelétricas, diversos movimentos populares e sociais, além de professores, doutores, pescadores, ribeirinhas, religiosos – e toda a comunidade afetada pela qualidade da água tanto no Brasil quanto na Bolívia – estarão reunidos amanhã na casa legislativa debatendo as consequências nefastas da construção de hidrelétricas na região.

“Vamos apresentar um projeto de lei em defesa da natureza e dos rios. A cidade de Guajará Mirim está com problemas de abastecimento de água, que está muito poluída também. A situação já está difícil, imagina os prejuízos que ainda podemos ter com a instalação das hidrelétricas na região. Estamos mobilizados para barrar os projetos e o nosso diálogo com a população é de que as hidrelétricas trarão ainda mais destruição e negação de direitos da população aqui em Rondônia. A preservação dos recursos naturais é fundamental para a nossa existência”, disse Eliel.

A COMVIDA convoca toda a população interessada na defesa da natureza e dos rios a comparecer amanhã neste importante evento na Câmara de Guajará Mirim, que fica localizada na Avenida15 de Novembro, 1385 – Centro, Guajará-Mirim – RO.

Portal Uol publica artigo de dirigentes da CMP sobre a tragédia no litoral norte de SP; confira!

Em artigo publicado no portal UOL, nesta quarta-feira (22), Raimundo Bonfim e Benedito Roberto Barbosa apontam no texto ‘Litoral Norte de São Paulo é mais uma tragédia anunciada à espera de outra’ as causas das tragédias como a do litoral Norte e Sul de São Paulo e defendem medidas articuladas, estruturais e duradouras para evitar esses desastres recorrentes.

Abaixo, confira na íntegra a reprodução do texto:

Litoral Norte de São Paulo é mais uma tragédia anunciada à espera de outra

Os impactos das mudanças climáticas colocaram definitivamente o Brasil no mapa dos desastres, que não são nada naturais, infelizmente, com dezenas de mortos, feridos e milhares de pessoas atingidas e desabrigadas. Basta!

Não podemos aceitar em silêncio tantos desastres, tantas pessoas desabrigadas e tantas mortes. Todos os anos, em alguma região do país, ocorrem tragédias como a que estamos assistindo no Litoral Sul e Norte de São Paulo, causando perdas de vidas humanas e prejuízos materiais.

Por diversos motivos, infelizmente, os governos, a mídia e a própria sociedade acabam em pouco tempo se esquecendo do ocorrido e a vida segue, até que outra tragédia ocorra. Por vezes, os únicos que ficam, quando todos desaparecem, são os movimentos populares, e uns poucos atores da sociedade civil organizada, tentando cobrar as promessas do poder público e tentando não deixar a tragédia cair no esquecimento.

De acordo com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, o Brasil tem hoje aproximadamente 14 mil pontos de riscos altíssimos de desastre e 4 milhões de pessoas morando nessas áreas. A necessidade de habitação no país é gigantesca. A pandemia, a miséria e o desemprego empurraram, nestes últimos anos, milhares de pessoas para condições ainda mais precárias de moradia. Segundo a Fundação João Pinheiro, no ano de 2019, havia um déficit habitacional de 5,9 milhões de moradias, depois de mais de dois anos de pandemia este déficit pode ser ainda maior, mais de 1 milhão de pessoas estão ameaçadas de despejos e milhões de famílias vivem em moradias precárias e outras milhares estão em situação de rua.

A questão social das cidades, no que diz respeito à moradia e os impactos ambientais, se tornou ainda mais complexa e exige atuação rápida e articulada dos governos e dos demais poderes da república. A dificuldade de acesso à terra bem localizada, preço do aluguel e baixa renda jogam milhões para sobreviverem em precárias condições de moradias, principalmente em encostas do litoral brasileiro.

Mudanças do clima, desigualdade social e ausência de políticas públicas urbanas permanente são os principais fatores que causam tragédias recorrentes como esta do litoral Norte e Sul de São Paulo.

É importante, mas não basta apenas um arrojado programa de construção de novas moradias ou até mesmo reformas de prédio em regiões centrais das cidades. É urgente o combate à especulação imobiliária, enfretamento aos conflitos fundiários e aos despejos, com investimento pesado nas melhorias de moradias precárias, urbanização de favelas, intervenção em áreas de risco, em sua maioria localizadas nas periferias, nos morros, nas encostas e na beirada de rios.

O aumento do desemprego, a baixa renda das famílias e a alta dos aluguéis não deixam outra alternativa para milhões de pessoas, a não ser se aglomerarem em lugares sem infraestrutura e sem interesse do mercado imobiliário formal. Em 2019, a mesma Fundação João Pinheiro aponta que 24,9 milhões de unidades habitacionais tinham alguma carência de infraestrutura, como coleta de lixo, esgoto, energia elétrica, entre outros. Seguimos vivenciando um rápido processo de favelização das cidades brasileiras. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta que de 2010 a 2019, o número de pessoas morando em favelas cresceu 59%, passando de 3,2 milhões de domicílios para 5,1 milhões, agravado ainda mais pelo governo genocida de Bolsonaro que acabou com os programas de urbanização de favelas, com o Minha Casa Minha Vida e extinguiu o Ministério das Cidades.

Uma boa notícia é que o governo federal retomou o programa Minha Casa, Minha Vida, com prioridade para a população com baixa renda e, entre as demandas a serem atendidas, está  famílias vítimas de calamidade ou em situação de vulnerabilidade, além de indicar que os empreendimentos habitacionais precisam dialogar com a sustentabilidade econômica, social e ambiental.

O anúncio do presidente Lula de apoiar, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, a construção de moradias para quem perdeu suas casas em São Sebastião e em outras cidades do litoral paulista, é fundamental neste momento de desespero e tragédia humanitária. Porém, de forma isolada, e por si só, resolverá apenas parcialmente um problema que atinge não apenas o litoral de São Paulo, mas está presente em várias regiões e cidades do país, especialmente nas regiões Sul e Sudeste e no litoral do Nordeste. Soluções emergências são fundamentais, mas sem ações estruturais e duradouras é como enxugar gelo.

Entendemos que é preciso dar um passo a mais. Não podemos esquecer das tragédias que nos últimos anos vitimaram milhares de pessoas pelo país afora, especialmente, nos Estados da Bahia, Pernambuco, Santa Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O Governo Federal precisa convocar com urgência, os governadores, prefeitos, especialistas e movimentos populares para formar um uma força tarefa, com a atribuição de fazer um profundo diagnóstico das áreas de risco no Brasil, debater e construir um amplo programa de intervenção em áreas sujeitas à desastres.

Esse grupo poderia também acompanhar e fiscalizar os recursos destinados a essas tragédias, e, junto com a sociedade civil, assegurar a transparência na aplicação dos recursos, além de articular com os Ministérios do Meio Ambiente, Cidades e Integração Nacional, entre outros, um mutirão com ações de prevenção e combate às tragédias em áreas de riscos.

A presença do presidente Lula, com o governador de São Paulo e prefeitos da região em São Sebastião, foi um ótimo sinal dos novos tempos que renascem na política nacional, mas, com o acompanhamento, atuação e fiscalização dos movimentos sociais, podemos ir mais longe na solução e enfrentamento deste grave problema ambiental, econômico e social que afeta e coloca em risco a vida de milhões de pessoas, especialmente das camadas mais empobrecidas e excluídas  da sociedade e quem sabe,  num prazo curto, com participação popular possamos evitar que  desastres ambientais atinjam proporções tão horríveis e trágicas como esta, do litoral Norte de São Paulo. 

Raimundo Bonfim é Advogado e Coordenador Nacional da Central de Movimentos Populares (CMP)

Benedito Roberto Barbosa é Advogado da União dos Movimentos de Moradia de São Paulo  (UMM-SP) e do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos

VII Congresso da CMP: 30 anos de lutas e resistência

A Central de Movimentos Populares (CMP) realiza neste ano seu VII Congresso, de 26 à 29 de outubro, com tema: 30 anos de lutas e resistência, e o lema: Contra o fascismo, em defesa da democracia, dos direitos e da vida. O objetivo é aprovar um plano de lutas e renovar a direção política. A data não foi escolhida por acaso. Ela marca o aniversário de 30 anos da nossa Central, fundada no primeiro Congresso Nacional de Movimentos Populares, entre 28 e 31 de outubro de 1993, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Somos fruto de um processo histórico de organização popular, luta por direitos e políticas públicas, pelo direito à cidade e por um projeto democrático-popular para o País.

A CMP congrega diversos movimentos populares urbanos, como moradia, saúde, mulheres, negros (as), juventude e economia solidária, dentre outros. Nesses 30 anos, lutamos contra o neoliberalismo, participamos da conquista de governos populares e estivemos presentes ativamente nas mobilizações contra o golpe, os retrocessos, a prisão injusta de Lula e contra o fascismo. Defendemos a democracia, os direitos e a soberania. Promovemos ações de solidariedade e protestamos contra o desemprego, desigualdade, miséria, fome e violência, especialmente contra a juventude preta e periférica e as mulheres.

O VII Congresso será realizado em um momento de crise brutal do capitalismo e avanço das classes dominantes, da extrema direita, do fascismo, das privatizações dos recursos naturais e das empresas públicas, destruição dos direitos e desmonte das políticas públicas.

 No Brasil e na América Latina, apesar de sofrermos há anos com as consequências dessa crise, abrimos uma nova conjuntura, de possibilidades de avanço das lutas da esquerda. A retomada das mobilizações e as vitórias eleitorais nos últimos anos de forças progressistas poderão contribuir para estancar o avanço do neoliberalismo e do fascismo, com lutas de massas em defesa das pautas da classe trabalhadora.

Com a eleição de Lula, mesmo que por uma frente ampla, incluindo segmentos da burguesia, temos possibilidades de fortalecer nossas lutas para estancar o processo de privatizações, restabelecer a democracia, retomar os direitos, combater a fome, priorizar políticas públicas voltadas para o atendimento das necessidades do povo e colocar em curso um amplo e profundo processo de participação popular que contribua para elevar o nível de organização, fortalecer os movimentos populares e aumentar a consciência política e mobilização, indispensáveis para enfrentar a burguesia e o fascismo. 

O Congresso fará um balanço geral dos 30 anos de nossa caminhada e experiência política, e especificamente da gestão 2018-2022, considerando as lutas que travamos, as dificuldades, os avanços e desafios. Também faremos um ato de comemoração dos 30 anos da CMP. Convidamos a todas e todos a acompanhar esse processo e contribuir para fortalecer a CMP em todo o Brasil.

Viva o VII Congresso da CMP!
Viva os 30 anos da CMP!

Militância da CMP participa da recriação do Minha Casa, Minha Vida com Lula na Bahia

A militância da Central de Movimentos Populares (CMP) da Bahia participou nesta terça-feira (14) da assinatura da Medida Provisória que relançou o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O evento, em Santo Amaro (BA), contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Ele participou da entrega de 684 unidades em dois conjuntos habitacionais no município.

Em cinco lançamentos simultâneos – também em Lauro de Freitas (BA), João Pessoa (PB), Contagem (MG) e Aparecida de Goiânia (GO) –, o governo federal entregou mais 2.745 habitações. Até 2026, o governo Lula pretende entregar 2 milhões de novas unidades do Minha Casa, Minha Vida.

José Jesus de Souza, o Joselito, coordenador estadual da CMP da Bahia esteve presente no lançamento da nova edição do (MCMV), em Santo Amaro. Para ele, a escolha da Bahia para a retomada das obras do maior programa habitacional que esse país já teve é motivo de muito orgulho. Ele conta que as obras no município estavam paradas há cinco anos. “Foi uma emoção enorme.  O presidente Lula veio com muita ousadia. Ele chegou em um helicóptero. A gente pulava, chorava e vibrava ao mesmo tempo porque sabemos tudo o que ele representa para as famílias de baixa renda. É a esperança de volta”, afirmou.

Em seu discurso, o presidente Lula disse que escolheu o município de Santo Amaro para a cerimônia pelo seu simbolismo. Segundo ele, a cidade tem um diverso patrimônio artístico e cultural, que incluí igrejas de valor histórico e terreiros com grande representatividade social.

O município também é conhecido por ser terra natal dos cantores Caetano Veloso e Maria Bethânia. “Eu vim porque aqui eu tive uma amiga extraordinária. Não era famosa, não era cantora. Mas era uma mulher por quem eu tive um respeito profundo, que era a mãe de todos aqueles que ficaram famosos, a Dona Canô”, disse em referência a mãe de Caetano e Bethânia.

“Várias vezes que eu vim aqui eu fui na casa da Dona Canô porque ela representava, na minha opinião, uma inteligência rara do povo baiano”, acrescentou sobre a matriarca que morreu aos 105 anos de idade em 2012.

Fernanda Paranaguá, também da coordenação estadual da CMP da Bahia, ressalta que para ela a emoção foi ainda maior por natural de Santo Amaro. “Aqui é a minha cidade natal. conheço as famílias que foram comtempladas hoje com as chaves de suas casas. São pessoas que estão enquadradas nos critérios. Lembrei da minha infância, das chuvas que destruíram as casas de muitos ali presentes. O que vivi hoje foi inesquecível. Fiz questão de estar presente e estou emocionada até agora por saber que muitas outras famílias também terão essa oportunidade de acessar sua moradia nos próximos anos do governo Lula”, ressaltou.

180 mil novas casas até o fim do ano

Durante o evento, o presidente Lula anunciou ainda a retomada das obras de outras 5.562 unidades habitacionais em cinco municípios: Rio Largo (AL), Chapadinha e Imperatriz (MA), Governador Valadares (MG) e Belém (PA).

Até o fim do ano, o governo pretende entregar cerca de 180 mil casas e apartamentos pelo Minha Casa Minha Vida. O número refere-se ao total de obras paralisadas durante o governo Bolsonaro.

“A roda gigante deste país começa a girar a partir de hoje. Vim aqui para começar a provar que é possível reconstruir um outro país. E para dizer que o povo brasileiro vai voltar a tomar café, almoçar e jantar, a morar, a estudar, a trabalhar e ter acesso a todas as coisas que todo mundo tem o direito de ter”, declarou o presidente.

Além das obras paradas na área de habitação, Lula também anunciou que pretende entregar até o fim do ano cerca de 4 mil obras de escolas e creches que estavam paralisadas. “Ao todo, são 14.800 obras paradas. E a gente vai começar a tocar todas elas, para que esse país volte a caminhar, a rodar, a girar, e a produzir crescimento econômico.”

O presidente Lula destacou tambpem que, a partir de agora, terá como uma das prioridades retomar obras que ficaram paradas nos governos anteriores.

“A partir de hoje eu vou começar a viajar o Brasil com meus ministros. Vou visitar as cidades, visitar estradas. E vamos fazer com que todas as obras que estão paralisadas voltem a ser construídas”, disse.

No dia em que o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida foi relançado no país, o coordenador nacional da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim, saudou o presidente Lula pelos esforços para a retomada das obras e financiamento para famílias de baixa renda.

“Saudamos o governo Lula pela retomada das obras de moradias porque trata-se de uma ação, que além de permitir o acesso à moradia de quem está desempregado ou empregado com baixa renda, pagando aluguel, também é uma medida que impacta rapidamente na economia, contribuindo na geração de emprego e arrecadação de impostos. Parabenizamos o governo Lula e as lutas dos movimentos populares urbanos que resistiram nas ruas e denunciaram os retrocessos do governo Bolsonaro”, concluiu.

Lula assina nesta 3ª feira decreto que cria o Conselho de Participação Social

A Central de Movimentos Populares (CMP) participa nesta terça-feira (31), junto com lideranças de diversos movimentos populares e organizações da sociedade civil, da assinatura dos decretos que vai criar o Conselho de Participação Social e o Sistema Interministerial de Participação Social. O ato, organizado pela Secretaria Geral da Presidência, acontece a partir das 11h, no Palácio do Planalto, em Brasília, e contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares, estará presente no encontro acompanhado de dirigentes nacionais e da militância da CMP do Distrito Federal. O evento deve reunir cerca de 800 dirigentes, lideranças e militantes dos mais diversos movimentos populares e sociais do país. “Essa é a primeira vez que o presidente Lula abrirá as portas do Poder Executivo para receber a representação da democracia, após a tentativa de golpe, em 8 de janeiro, com a invasão de golpistas no Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal. Será um importante momento de defesa da democracia e de reforçar a participação popular do povo nos destinos da nação brasileira”, disse Bonfim.